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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Sem título.

Talvez não esteja no ápice da minha felicidade, estou menos engraçada, menos espontânea, menos viva. Acho que o que eu sinto é uma mistura de frustração com vergonha e realidade.

Realidade nua e crua.

A humanidade é desumana. Mas é real.

O ser humano é estúpido.

A cada dia a sociedade nos dá uma porrada. Que faz a gente abrir um pouco mais os olhos, acordar pro mundo cada dia mais. E quanto mais a gente vê mais a gente se frustra. Acho que as pessoas que fecham os olhos sofrem menos, e são mais felizes. Mas o preço para ser feliz é a ignorancia e o descaso. Acho que prefiro sofrer.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Glote.

Nunca acreditei em sensação que vire algo físico. Como algum sentimento que de tão intenso chegue a doer seu estomago, ou alguma frustração que te faça contrair.. Isso sempre foi balela.

Até ontem.

Dor, segundo meu dicionário da quarta série, significa: "magoa; aflição, dó; condolência; remorso; vontade de arrancar seu estômago no meio do salão do clube socialite que você sabia que não devia ter ido." Achei que se encaixava bem ao que eu senti.

É algo incontrolável, uma dor de gritar, gritei até a minha glote se desintegrar, me contraí tipo quando a gente dobra num ângulo de 90 graus, e volta pro 180 repetitivamente. Entrei em transe. Queria ir pra casa. Me teletransportar, ligar o ar condicionado da sala, pegar um edredom, um pote de 2 litros de sorvete Kibon sabor flocos, e ser dissolvida nas minhas lágrimas.

Por mais que eu tentasse pensar em como aquele problema era insignificante comparado com a fome na áfrica, o desemprego no Brasil , ou que eu poderia estar com uma infecção letal, isso não amenizava o impacto. Durante os quase 15 minutos que eu me remexi no meio do salão, os gritos e torções fizeram sentido.

Quando acordei do meu transe e olhei ao meu redor, percebi que eu tinha provocado uma clareira no meio do salão, que lentamente se expandia.. percebi também que o meu super hiper luper truper mega plaster grito com efeito hollywoodiano não se propagou porque a música do salão estava muito alta. E que para as pessoas a minha volta eu não passava de uma garota estranha se contorcendo com a boca aberta e cara de dor de barriga que se curvava num cumprimento hindu repetitivo. Me senti em um filme estilo charles chaplin, que só tem trilha sonora.Além de tudo, estou rouca.

O bom é que a gente tem amiga que acompanha. E enquanto você ta travada elas te levam pra beber roller, porque é de graça.

A conclusão pós domingo de carnaval é que não importa gritar alto se ninguém pode te ouvir. E também que humilhação pública em alguns casos não compensa. Uma outra foi perceber que nossas frustrações são geradas por nós mesmos,nós que esperamos o que os outros não podem dar. E para terminar, um dos meus queridos clichês: Decepção não mata, ensina a viver.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Histórias da vida.

Ouvi meu professor dizendo que as histórias da vida só começam no terceiro colegial.

Discordo.

Posso narrar inúmeras histórias engraçadíssimas, só de sentar em frente ao computador.. histórias que acontecerem durante todos os outros anos da minha vida.. como o dia em que eu coloquei um espuma de almofada no nariz e minha mãe descobriu dias depois, ou o dia do episódio "sushi" ( se eu contar essa história, as chances de eu não acordar amanhã são extensas), também a sexta feira em que eu e a eva decidimos voltar da escola a pé pra casa (minha escola fica uns 10 km do nosso condomínio, sem maldade), o churrasco na casa do pedro, o churrasco na casa da bruna, o dia da badden e da pizza, da escova presa no cabelo, e teve a vez que eu fui pra praia com uns amigos e o carro quebrou na praia, e viajando um pouco mais no passado teve o episódio da vaca que tomava toddy.

Cada dia que vivemos monta a nossa vida, e as histórias nao precisam ser épicos, e sim coisas pequenas que involuntariamente ficam na nossa mente.

Frases, reações.. como o restaurante "+kid+" (que nome tosco).
as histórias da vida nao tem data pra começar, ou período de duração. Elas simplesmente existem.