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domingo, 9 de junho de 2013

Não vou contar

Não vou contar que esse texto é pra você. Te disse que não ia.

Não vou contar que meus sonhos do mês passado foram com você, não vou contar que eu estava com saudades. Não vou contar que senti um alívio tremendo no nosso segundo primeiro beijo, não vou contar que derrubei umas lágrimas quando você foi embora quarta-feira passada. Não vou contar que você é um cara fantástico, nem que eu acho que a pessoa que ficar com você vai tirar a sorte grande. Não vou contar que você precisa entender que você é maior do que imagina, nem vou contar que acho que a gente talvez tenha acabado.

Não vou contar que sua amizade pra mim é suficiente, nem vou contar que você foi um grande achado na minha vida. Não vou contar que acho que você deveria simplificar a vida e não vou contar que você é super engraçado. Não vou contar que eu sei que você gosta de mim, a sua maneira, mesmo com meu jeito estranho. Não vou contar que você não canta mal, nem que você é lindo. Não vou contar que acho que o questionamento é outro, nem vou contar que eu queria poder te ajudar.

Não vou contar que minha casa está sempre de portas abertas, nem vou contar que pra conversar não existe hora. Não vou contar que pra você eu desejo toda a sorte do mundo, nem que enviei energias positivas no seu primeiro dia de faculdade. Não vou contar que acredito em você mais do que você acredita em si mesmo, não vou contar que tudo o que eu te digo é de verdade. Não vou contar que nunca menti pra você, nem vou contar que admiro sua sinceridade. Não vou contar que os seus elogios são os primeiros que eu acredito, nem vou contar que mesmo sem saber você me ajudou a entender a mim mesma.

Não vou contar que te agradeço, porque eu te disse que ia escrever pra você e não te contar.

Contei.

domingo, 2 de junho de 2013

Arnaldo

Escrito em 20/03/2013

Não estou sentindo nada. Nem medo, nem calor, nem fogo. Não consigo mais chorar nem rir já faz uns dias. Não sinto nada. As vezes eu rio mas não solto uma lágrima de alegria há algum tempo.

Alguém me dê um coração, que esse já não bate nem apanha. Por favor uma emoção pequena, qualquer coisa que se sinta, tem tantos sentimentos deve ter algum que sirva. Sério, estou congelada, não sinto dó, não sinto pena, não acho a vida linda, a grama não está verde. A emoção acabou.

Alguma rua que me dê sentido. Porque ultimamente tenho andado a esmo. Na realidade, ando a esmo em um aspecto da minha vida. Em inúmeros outros estou focada. Viagens por exemplo. Acho que é sede. Sede de gente nova, de experiências inéditas.

Já não sinto amor nem dor, já nem sinto nada. Só sinto tédio, preguiça e vontade de protelar. Como se o corpo funcionasse, mas a mente estivesse em stand-by. Uma mente latente, presa em um corpo que não pode parar. Socorro!