Quer ler o que?

terça-feira, 27 de agosto de 2013

De cuba ao Brasil

Estou vendo notícias do tratamento que os médicos cubanos estão recebendo quando chegam aos aeroportos brasileiros. Não sou médica, não faço medicina, mas sei tratar um ser humano. O brasileiro que está indo até os aeroportos pra vaiar os imigrantes que chegam ao Brasil adornam suas cabeças com uma coroa de ignorância.

É essa a receptividade dada a um grupo de pessoas que se dispôs a trabalhar em áreas completamente negligenciadas pelos estudantes. São os mesmos estudantes que estavam se lamuriando pela proposta de, após suas respectivas graduações, trabalhar 2 anos em hospitais do SUS.

Não isento a responsabilidade do governo de aumentar a infraestrutura dos hospitais, nem de fornecer um maior número de equipamentos para a realização de exames. Tenho plena consciência que não possuo o conhecimento necessário para dissertar sobre as condições da saúde brasileira, esse não é um tópico qual eu tenho me inteirado recentemente. Mas minha falta de embasamento teórico no assunto não me impede de notar a hostilidade e a estupidez de quem se descola para vaiar pessoas dispostas a ocupar cargos renegados por uma grande maioria de médicos brasileiros.

Esse comportamento não é nada além de repugnante, mesmo porque se esse chamados doutores, que com quase toda a certeza não são nem mestres, são contra a vinda dos cubanos, essas vaias deveriam ser direcionadas ao palácio do planalto. Que vergonha.

Aos cubanos: sejam bem vindos e muito boa sorte.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Pastel

Eu queria voltar no tempo. Não pra mudar as coisas que eu fiz, porque eu tenho certeza de que fiz tudo como deveria e do melhor jeito que podia, mas pra poder reviver algumas coisas, sentir aquela felicidade de novo, aquele alívio.

Queria voltar no tempo e reviver nosso primeiro beijo, em que eu não fazia a menor ideia de como a história toda iria se desdobrar. Quero voltar no dia que fomos pra uma festa e você me deu uma aliança de guardanapo, quero sentir o medo que eu sentia por não entender como eu podia sentir tanta coisa em tão pouco tempo.

Queria reviver nosso segundo primeiro beijo em que eu senti um alívio que chegava pela boca e se espalhava pelo corpo inteiro. Queria voltar no dia que a gente estava pintando os palets da minha cama e você disse que você estava vivendo a época mais feliz do seu ano porque, dentre outras coisas, você tinha a mim.

Queria voltar e sentir tudo aquilo, viver mais uma vez. Mas o tempo anda pra frente. E a partir de agora só posso viver o novo, o que eu construir, foi ótimo, foram meses fantásticos. E os próximos também vão ser. Serão meses novos, dias novos, horas novas. A vida foi, é e vai ser linda. ‘Nós’ é uma palavra dêitica.