O sangue escorria pelas luvas e gotejava nos sapatos de veludo. Ela olhava para o corpo com os pés atados no lustre e os cabelos quase tocando o chão. O cadáver nu tinha um corte na garganta e um caminho fresco de lágrimas por entre as sobrancelhas. A boca entre aberta deixava vazar o sangue ainda quente.
Era uma obra de arte. Ela segurou a faca, marcada com as digitais da vítima, apontando pra baixo ao lado da mão dependurada, e deixou cair. Pegou a câmera, tirou duas fotos e escondeu a máquina e as luvas dentro da tábua solta do assoalho. Pegou o telefone, embargou a voz e discou.
- Departamento de Polícia, qual a emergência?
- Su - su... suicídio. – Disse com a voz fingindo desespero.
Nenhuma lágrima escapava dos olhos ainda observando o cadáver.
- Quem é a vítima?
- Minha mãe.
Ela vai ser pega. Situação muito imporvável de suicídio.
ResponderExcluirE depois eu é q tenho problemas com os meus temas, heheheheheh !!!!
Adoro suas descrições!
Corte na garganta? Podia ser nos pulsos. Ela vai ser pega.
ResponderExcluirAdorei o conto.
Tambem acho! hahah eu ate pensei em incluir uma escada levando ate o lustre hahaha
ResponderExcluirVocê é do mal.
ResponderExcluirGosto dos seus contos. Mas tenho medo de você.
ResponderExcluirE estou com a galera aí de cima, suicídio não é a hipótese mais provável...
TADINHA DA VÉIA...
ResponderExcluirbeijão jullia
Vai ser pega? Tanto faz. O conto é sobre o momento da farsa, não a consequencia, hehe.
ResponderExcluirÓtimo conto.
Olha! Mudou tudo aqui! Que massa!
ResponderExcluirGente!!!! Eu sou a mãe e isso muda tudo e invalida todos os comentários hahahahaha
ResponderExcluirO final de um conto é algo incrível: Se for bom, apenas concretiza o fato de o conto ser bom. Se for ruim, acaba com tudo, independente de o resto ser bom. O seu final muito legal.
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