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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O banho

Adorava morar sozinha. Gostava de poder andar com qualquer roupa em casa e de não ter hora pra comer, dormir ou tomar banho. As 16h decidiu que seria um bom momento pra lavar o cabelo e limpar o corpo. Ligou o chuveiro, escovou os dentes enquanto esquentava, entrou embaixo da água morna e banhou-se. Fechou a torneira, abriu o Box e lembrou que a toalha estava estendida no varal que ela havia colocado no meio da sala. Eram cerca de dez passos até o destino, e foi.

A água do cabelo escorreu pelas costas, desceu pelas pernas e chegou a seus pés. No segundo passo caiu. Escorregou com o pé direito, foi apoiar com o esquerdo que deslizou pela água e em 2 segundos estava no chão. Bateu a coxa esquerda e o sobrepeito no chão e a cabeça no batente da porta do banheiro. Chorou.

Pensou, ‘não desmaie’ e chorou. Não pela dor, ou pela situação patética em que se encontrava., chorou porque sabia que ia levantar sozinha. Ia buscar sua toalha sozinha, ia se enxugar sozinha e ia cuidar dos roxos sozinha. Levantou-se, pegou a toalha, o corpo doía, se enxugou e sentou. Chorava.

A realização de que não existia um pai, uma mãe, uma irmã ou um amigo pra ajudá-la para todas as vezes que se machucasse se espalhou pelo corpo assim como a água do chuveiro. A bendita água do chuveiro. Enxugou as lágrimas, colocou uma roupa e viveu. Eram os ônus dos bônus.

domingo, 20 de outubro de 2013

Amélia

Pensava sobre a vida e consequentemente sobre a morte. Olhou uma foto com sete pessoas, das quais cinco haviam morrido. Ela não estaria olhando as fotos sem a existência dessas pessoas, afinal eram seus avós e bisavós. Pensou sobre o que se constrói enquanto se vive, além de herdeiros, o que haviam construído em suas vidas?

O que fizeram no decorrer dos anos que realmente era essencial, que realmente significava algo perante o mundo ou perante a vida espiritual? E logo se questionou, o que ela teria feito em seus anos de vida para mudar o mundo, ou a si própria a ponto de essa mudança ser fundamental? Além das relações que estabelecera com as pessoas com as quais encontrou pelo caminho não conseguia pensar em nada com essência, em nada grandioso. Não havia nada fundamental em suas realizações, nada que outra pessoa não poderia ter feito, as pessoas que conheceu poderiam ter conhecido outra em seu lugar sem nunca saber que na realidade existia uma outra, ela, para conhecerem. E provavelmente continuariam vivendo sem saber e sem sofrer por isso.

Pensou quais as realizações que poderia fazer pra realmente mudar o mundo, e então se deparou com o fato que as grandes descobertas só mudavam o mundo terreno, mudavam a vida numa cidade, dentro de um estado, dentro de um país, dentro de um continente, dentro do mundo, dentro de um sistema, dentro de uma galáxia, dentro do universo. Lembrou dos momentos em que se viu grande. Em que se sentiu grande, sentiu que tinha poder nas mãos e viu que a grandiosidade e o poder eram ínfimos perante o todo.

Mesmo se ela conseguisse mudar o mundo, ainda era pouco. O mundo era muito pequeno comparado ao que era conhecido pelo homem, imaginou quão ínfimo seria quando comparado com o que não estava no hall do conhecimento. Lembrou que era só uma menina, filha de um casal, deitada em sua cama e fugindo de seus problemas. Percebeu que era só mais uma no meio de uma multidão que se achava incrivelmente diferente entre si, percebeu que a singularidade era uma qualidade universal, logo não era singular. Todos eram diferentes, todos achavam que tinham uma visão esclarecida do mundo, todos carregavam suas verdades. Ou a verdade não existe, ou existem tantas, mas tantas, que na realidade não são verdades, mas sim opiniões.

Uma tristeza e uma conformidade a invadiu, uma conformidade que mesmo o máximo não seria suficiente, uma vontade de entender a insatisfação, a impotência perante o mundo e as coisas que realmente importam e que ela não sabia quais eram.

Se estudasse, e tivesse um bom emprego, um marido bom, e dois filhos prodígios, seria um sucesso. Mas um sucesso no conceito de quem? Quem ditava as regras? Quem determinou o que era ser bem sucedido, ou o que era bonito, ou funcional, ou importante?

Pensou na mídia, no poder da televisão e das propagandas como determinantes nas escolhas ‘pessoais’ no ‘poder de escolha’ dado a cada um, um poder de escolha que era vendido como livre, mas na realidade era controlado, pensou em um exemplo e se deparou com as ruas. Para chegar do ponto A ao ponto B existem inúmeros caminhos, logo as pessoas acreditam no seu poder de escolha de seus caminhos, mas na realidade, as ruas que podem te levar até o ponto b são determinadas pelo governo, pelo estado, logo não é tão livre assim, o mesmo se encaixava para roupas, comidas e, porque não, cosméticos.

E então pensou no amor e na felicidade. O amor que era uma invenção do fim do século passado. Antes dos românticos, ninguém casava por amor. O amor era inexistente, e o casamento um negócio, um acordo, um contrato. Aprofundando o pensamento o amor não era o produto principal. A felicidade sim, a felicidade era o que todos almejavam, e todos queriam consumir produtos que trouxessem a felicidade. Produtos, do Pão de Açúcar que é lugar de gente feliz, uma Coca-cola gelada que brindava a felicidade e o amor, que vivia feliz pra sempre.

Mais uma vez percebeu que não era singular, que vivia dentro de um sistema, onde as opções e os conceitos eram formulados pra que todos se acreditassem únicos, se acreditassem livres. Foi dormir.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Pouco a fode

Achou que fosse uma pessoa evoluída, mas descobriu que só era racional. Sabia a teoria e qual o posicionamento que deveria ter com relação aos fatos. Mas na realidade, não ficava feliz com a felicidade dele. Se sentia neutra, a ela nada interferia a felicidade do garoto, em palavras informais, a felicidade dele pouco a fodia. Na realidade só a fazia lembrar que ele já estava feliz e ela ainda estava na merda.

Infelizmente para ela, não estava feliz por ele, seria bom se estivesse, porque um pouco de felicidade a faria bem. Mas não. Sabia qual o procedimento lógico e sensato e é por ele que agia e pretendia seguir agindo, por pura racionalidade.

Se um dia ela tivesse a coragem de liberar seu lado emocional e permitisse que seu ID agisse livremente, provavelmente o encheria de tapas, e gritaria, com lágrimas grossas e quentes escorrendo dos olhos, inúmeras coisas incoerentes que exprimiriam o que sentia, apesar de não serem verossímeis. Mas também não sabia se isso iria promover um alívio, ou só o insultaria por uma vingança infantil e pessoal. Um ato desesperado de machucá-lo um pouco, de fazê-lo sofrer.

Mas racionalmente essa não era uma possibilidade, porque esse ato teria uma consequência, um distanciamento e um atestado de ‘tá vendo! Ela é desequilibrada’. E com isso só provaria a ele que a decisão por ele tomada teria sido de fato a melhor. E talvez, ele até se sentiria aliviado de ter se afastado antes da loucura dela interferir na sua vida. E a ela não mudaria nada, porque a dor do outro não diminuía a sua, Fazê-lo triste teria pra ela o mesmo efeito de vê-lo feliz. Pouco a foderia.

Não o queria triste, não o queria feliz. Só precisava tê-lo longe. Bem longe. Sem saber qual o feedback do seu dia, ou o feedback de seus amores, ou insatisfações. Precisava de distância pra poder se reconstruir. Só distância.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

De cuba ao Brasil

Estou vendo notícias do tratamento que os médicos cubanos estão recebendo quando chegam aos aeroportos brasileiros. Não sou médica, não faço medicina, mas sei tratar um ser humano. O brasileiro que está indo até os aeroportos pra vaiar os imigrantes que chegam ao Brasil adornam suas cabeças com uma coroa de ignorância.

É essa a receptividade dada a um grupo de pessoas que se dispôs a trabalhar em áreas completamente negligenciadas pelos estudantes. São os mesmos estudantes que estavam se lamuriando pela proposta de, após suas respectivas graduações, trabalhar 2 anos em hospitais do SUS.

Não isento a responsabilidade do governo de aumentar a infraestrutura dos hospitais, nem de fornecer um maior número de equipamentos para a realização de exames. Tenho plena consciência que não possuo o conhecimento necessário para dissertar sobre as condições da saúde brasileira, esse não é um tópico qual eu tenho me inteirado recentemente. Mas minha falta de embasamento teórico no assunto não me impede de notar a hostilidade e a estupidez de quem se descola para vaiar pessoas dispostas a ocupar cargos renegados por uma grande maioria de médicos brasileiros.

Esse comportamento não é nada além de repugnante, mesmo porque se esse chamados doutores, que com quase toda a certeza não são nem mestres, são contra a vinda dos cubanos, essas vaias deveriam ser direcionadas ao palácio do planalto. Que vergonha.

Aos cubanos: sejam bem vindos e muito boa sorte.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Pastel

Eu queria voltar no tempo. Não pra mudar as coisas que eu fiz, porque eu tenho certeza de que fiz tudo como deveria e do melhor jeito que podia, mas pra poder reviver algumas coisas, sentir aquela felicidade de novo, aquele alívio.

Queria voltar no tempo e reviver nosso primeiro beijo, em que eu não fazia a menor ideia de como a história toda iria se desdobrar. Quero voltar no dia que fomos pra uma festa e você me deu uma aliança de guardanapo, quero sentir o medo que eu sentia por não entender como eu podia sentir tanta coisa em tão pouco tempo.

Queria reviver nosso segundo primeiro beijo em que eu senti um alívio que chegava pela boca e se espalhava pelo corpo inteiro. Queria voltar no dia que a gente estava pintando os palets da minha cama e você disse que você estava vivendo a época mais feliz do seu ano porque, dentre outras coisas, você tinha a mim.

Queria voltar e sentir tudo aquilo, viver mais uma vez. Mas o tempo anda pra frente. E a partir de agora só posso viver o novo, o que eu construir, foi ótimo, foram meses fantásticos. E os próximos também vão ser. Serão meses novos, dias novos, horas novas. A vida foi, é e vai ser linda. ‘Nós’ é uma palavra dêitica.

domingo, 9 de junho de 2013

Não vou contar

Não vou contar que esse texto é pra você. Te disse que não ia.

Não vou contar que meus sonhos do mês passado foram com você, não vou contar que eu estava com saudades. Não vou contar que senti um alívio tremendo no nosso segundo primeiro beijo, não vou contar que derrubei umas lágrimas quando você foi embora quarta-feira passada. Não vou contar que você é um cara fantástico, nem que eu acho que a pessoa que ficar com você vai tirar a sorte grande. Não vou contar que você precisa entender que você é maior do que imagina, nem vou contar que acho que a gente talvez tenha acabado.

Não vou contar que sua amizade pra mim é suficiente, nem vou contar que você foi um grande achado na minha vida. Não vou contar que acho que você deveria simplificar a vida e não vou contar que você é super engraçado. Não vou contar que eu sei que você gosta de mim, a sua maneira, mesmo com meu jeito estranho. Não vou contar que você não canta mal, nem que você é lindo. Não vou contar que acho que o questionamento é outro, nem vou contar que eu queria poder te ajudar.

Não vou contar que minha casa está sempre de portas abertas, nem vou contar que pra conversar não existe hora. Não vou contar que pra você eu desejo toda a sorte do mundo, nem que enviei energias positivas no seu primeiro dia de faculdade. Não vou contar que acredito em você mais do que você acredita em si mesmo, não vou contar que tudo o que eu te digo é de verdade. Não vou contar que nunca menti pra você, nem vou contar que admiro sua sinceridade. Não vou contar que os seus elogios são os primeiros que eu acredito, nem vou contar que mesmo sem saber você me ajudou a entender a mim mesma.

Não vou contar que te agradeço, porque eu te disse que ia escrever pra você e não te contar.

Contei.

domingo, 2 de junho de 2013

Arnaldo

Escrito em 20/03/2013

Não estou sentindo nada. Nem medo, nem calor, nem fogo. Não consigo mais chorar nem rir já faz uns dias. Não sinto nada. As vezes eu rio mas não solto uma lágrima de alegria há algum tempo.

Alguém me dê um coração, que esse já não bate nem apanha. Por favor uma emoção pequena, qualquer coisa que se sinta, tem tantos sentimentos deve ter algum que sirva. Sério, estou congelada, não sinto dó, não sinto pena, não acho a vida linda, a grama não está verde. A emoção acabou.

Alguma rua que me dê sentido. Porque ultimamente tenho andado a esmo. Na realidade, ando a esmo em um aspecto da minha vida. Em inúmeros outros estou focada. Viagens por exemplo. Acho que é sede. Sede de gente nova, de experiências inéditas.

Já não sinto amor nem dor, já nem sinto nada. Só sinto tédio, preguiça e vontade de protelar. Como se o corpo funcionasse, mas a mente estivesse em stand-by. Uma mente latente, presa em um corpo que não pode parar. Socorro!

domingo, 7 de abril de 2013

Hermano

A pressão nos ouvidos, os bocejos com ausência de sono, a torcida para que ninguém sente ao seu lado pra poder dormir melhor, o barulho ensurdecerdor que depois de alguns minutos passa despercebido, as comissárias de bordo andando de um lado para o outro dizendo para que você coloque sua bolsa em baixo do assento a sua frente, afivele o cinto, volte a cadeira para a posição inicial... Tudo isso é contagioso, muito contagioso.

Eu fui infectada por esse vírus há algum tempo. E como todo vírus, ele pode não estar visível para os outros em atividade, mas ele mora em você.

Estou no avião e ganhei na loteria. Ninguém sentou no conjunto de três cadeiras. Pernas esticadas, computador no colo, fone de ouvido (ao contrário do tiozinho vendo vídeo de futebol no ipad), e um chocolate. Sim, comprei um Lindt no Free shop.

Queria intensamente estar em vários lugares ao mesmo tempo (poderia inumerá-los, não vou). Mas um dos lugares é aqui mesmo. De cabelo sujo, moletom de boas lembranças e cheia de expectativas comedidas.

Quero chegar, descobrir novas respostas, reciclar as perguntas. Perceber mais uma vez que a terra é muito grande e eu sou muito pequena. Lembrar que, por mais que eu tente, não posso abraçar o mundo e nunca vou ver dele tudo o que eu deveria. Ver o que está fora para tentar entender o que está dentro. É uma necessidade vital que me gera entendimento. E inevitávelmente muda as perguntas. Mas a vida é assim, a gente nunca alcança, nunca ultrapassa.

Só peço que venha. Venha em formato de avalanche e arrebata tudo que não está no lugar. E o que estiver que se mantenha. Hasta la vista, chicos.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Espetáculo

E o céu era azul.

E a vida continuava, os compromissos se aproximavam, os horários também.

E de repente o céu era cinza.

E a vida parou. A chuva caia, lavava o ar, o chão, os cabelos. Raios, trovões, o ar se renovava, levando a chuva para todos os lados. Os compromissos tiveram que esperar e os horários se perderam.

E então o céu era ocre.

A chuva parou, a vida voltou e os afazeres também.

Aos poucos o céu mudou.

E logo o céu era amarelo. Amarelo como nunca antes visto.

Um arco-íris cortava o ar, e o meu mundo parou.

Me apaixonei. Me apaixonei pelas cores, me apaixonei pelo tom que lentamente se tornava alaranjado e mais tarde se tornou vermelho carmesim. Quase magenta.

O céu fez seu próprio arco-íris, cor a cor. Lentamente se aproximou do roxo, e passou pelo azul. Agora ele está negro, a noite chegou. Um espetáculo com duração de uma hora. Cores inimagináveis, e um protagonista maravilhoso.

Que céu, meu deus, que céu.

sábado, 9 de março de 2013

Renato

É uma época de apatia. Algumas coisas me alegram, algumas coisas me chateiam. Meu mau humor está presente aonde quer que eu vá. Talvez não esteja tão divertida, interessante ou dedicada.

Não sei a causa, sei os sintomas. Posso culpar o fim do semestre, a saudade, a incerteza ou a ausência de pés no chão. Posso culpar inúmeras e incontáveis coisas, mas no fundo acho que sou eu mesma. Sou eu que talvez esteja procurando algo que não existe, e que na realidade nem sei o que é.

Li uma frase que mexeu comigo na última semana: 'Cada um tem o amor que acha que merece'. Não sei o porque de ter me incomodado tanto, e não me refiro ao amor de casal, me refiro ao amor em geral, amor à rotina, amor à amizades, amor ao que faço, amor à vida. Talvez eu não saiba que amor eu acho que mereço, ou se mereço amor algum.

Não é depressão, nem pensamentos negativos, é só um questionamento.

Peço perdão aos que tem apanhado das minhas palavras, sei que bati, só não sei o porque, ou como remediar. Talvez ache que não mereça o amor de vocês. Ou talvez seja só uma fase apática.

A vida continua e se entregar é uma bobagem.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Santa Maria mãe de Deus

Tenho arrepiado com frequência desde domingo de manhã. Acordei e entrei no facebook, para saber das notícias da festa anterior, ou dar risada em algum site. Meia hora depois, uma amiga me envia um link de um site de notícias. Começamos a acompanhar o incêncio na boate em Santa Maria.

As notícias iam sendo publicadas e o número de vítimas aumentando. Primeiro 90 mortos, depois 150, 200, até chegar no número 234. Duzentos e trinta e quatro pessoas não voltaram pra casa no dia 26 de fevereiro de 2013.

Para termos dimensão, consideremos um prédio de 2 apartamentos por andar, com 3 moradores por apartamento, e 8 andares. Nesse incêndio morreu gente suficiente para povoar 5 prédios como esse. Morreu uma sala cheia de cinema, morreram quatro ônibus lotados.

Em questão de segundos, o fogo tomou 234 sonhos para si. 234 filhos, 234amigos. Em meio as chamas se perderam amores, se perderam planos.

Minhas condolências àqueles que ficaram. Aos sobreviventes, e àqueles que agora tem que reaprender a viver com uma peça faltando. Minhas condolências aos pais, que agora estão orfãos, minhas condolências aos estudantes que vão se formar sem seus amigos. Condolências aos que perderam seus amigos de infância, seus primos, netos e sobrinhos.
Eu sinto muito. Sinto muito mesmo. À todos que perderam alguém, desejo muita força e muita coragem pra seguir adiante. Desejo serenidade para que compreendam o que aconteceu.

Boa sorte a todos, pois a jornada vai ser longa. Envio minhas boas energias.

Com todo o carinho que uma desconhecida pode oferecer,

Jullia