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domingo, 6 de maio de 2012

Sem pé, sem cabeça e sem amor

Tem gente que diz que é carma, eu inclusive. Mas digamos que meus relacionamentos amorosos não tenham sido meus maiores sucessos ou conquistas.

Sou de sagitário. Sim, acredito nessas bobagens.

Me apaixono fácil, e desapaixono também. Não sei se já amei alguém.

Tenho suspeitas, mas só vou saber se foi amor quando eu amar alguém de novo. Ou quando amar alguém pela primeira vez.

Sou secretamente romântica, e apesar de não mandar corações na internet, nem chamar aos outros de linduxos, eu gosto de receber flores. Gosto que alguém abra a porta pra mim, e gosto de fazer um sanduiche caso o romance da vez esteja com fome.

Considere seu sanduíche uma prova de amor.

Gosto de conversar, sobre Friends e Almodóvar. Sobre Turma da Mônica e Rousseau. Não sei ficar em silêncio. As vezes me calo, mas a mente continua, e o silêncio é apenas externo.

Sei andar sozinha, sei manejar uma faca, sei socar pomo de Adão.

Sei me virar sozinha, mas as vezes prefiro ter alguem pra me acompanhar, defender e todas essa coisas anti-feministas.

Não sou feminista. Gosto de gentilezas, e que puxem a cadeira pra mim.

Queria gostar de alguém. De preferência que gostasse de mim de volta.

Faz um tempo que meu raciocínio atropela meus sentimentos e eu acabo com as coisas antes de elas se tornarem reais. Ou mais reais.

Não sei exatamente o propósito desse texto, dessas palavras, mas eu preciso desabafar e o teclado não me interrompe pra ver se eu quero pipoca. Ele me escuta. Escuta meus dedos. Já é alguma coisa.

Me pego pensando se algum dia vou deixar a segunda opção. Não para ser a primeira, mas pra ser a única. Minha mãe me disse que leva tempo. Pra ela levou 43 anos. Segundo ela.

Queria sentir o sentimento de só querer um. De só existir um. Mas meus pensamentos divagam por dois, as vezes três, um deles sempre se repete, mas isso é história pra outro dia.

Queria me apaixonar, e sentir borboletas no estômago, teve uma época que eu sentia. A história acabou tão mal que as borboletas foram corroídas pelo meu ácido estomacal.

Talvez minha missão na terra seja curar o coração das pessoas. Elas ficam comigo e logo começam a namorar. Outra, que não sou eu.

Vou começar a vender meus serviços, já tenho 8 clientes satisfeitos. Acho que é carma, macumba, não sei. Mas funciona. O serviço vai custar 50 reais por cada vez que eu pensar em você, com um desconto de 10 reais a cada vez que você pensar em mim. Vou elaborar melhor meu plano de venda e negócios.

Eu queria não ter que me preocupar em ser interessante, queria ser interessante sem esforço, do mesmo jeito que a gente faz com amigos. Amigos eu tenho. Serve?

Não.

Nada contra meus amigos, adoro meus amigos, as vezes até fico com meus amigos. Mas não, queria algo diferente. Algo maior que eu, existe ou é tudo invenção de Hollywood?

As pessoas realmente se apaixonam ou elas se acomodam e se convencem que elas estão living the dream? Existe amor? Amor com ‘a’ maiúsculo?

Ou o amor é um tipo de pé grande, que todo mundo sabe como se parece, descreve conta histórias, sabe onde ele mora, mas na verdade nunca viu?

Esse texto não faz mais sentido, mas o que é que tem? A vida também não faz.

7 comentários:

  1. de tao intimo e espontaneo, senti que vc tava aqui na minha frente conversando sobre isso comigo

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  2. Gostei do texto/desabafo... vc escreve de um jeito bem dinamico e sem enrolação. queria eu ter um pouco da sua criatividade hahahah beijos!

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  3. Não, muito foda. Curti demais.

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  4. Filha, existe! Acredite na sua mãe. Talvez demore para chegar. Talvez esteja rondando, morrendo de medo. Talvez..... você vai saber quando for a hora.
    Eu te amo.

    Mãe

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  5. Tenho que concordar com a sua mãe.
    O amor existe sim. E é lindo.
    Mas foge um pouco daquela perfeição inventada por Hollywood.
    É lindo, é completo, mas não tem receita... E, olha, se quer saber, acho que isso é que deixa o amor tão mágico. A gente nunca sabe o que vai sentir ou como vai ser.
    Não posso dar dicas do que e de como esperar. Só espere. E viva intensamente enquanto espera.
    Pode ser que num dia qualquer, sem nada interessante, surja a pessoa mais interessante de todas. Aconteceu comigo assim :)
    Talvez seja até um amigo, por que não?

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  6. Jullia, oi!!!!! Olha, eu acredito que o amor exista, mas vem e passa... E, depois, vem outro e passa... A gente viaja demais nessa história. Assim como tudo, inclusive a gente mesmo (rsss...), é de passagem. E é claro que vale a pena! ADOREI VOCÊ TER RETOMADO O CARNAVALIZE!

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