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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Hoje

Sento e tento compor uma linha, uma história. Nada me satisfaz. As palavras me fogem, os sinônimos me escapam. A poesia não existe. Então me ocorre a possibilidade das minhas palavras já estarem escritas, minhas frases já estarem formadas e minhas rimas, que não existem, ja estarem rimadas. E se a fonte secou? A nascente morreu? E se o prazer de traduzir em palavras as coisas que penso, que sinto, foi me tirado do mesmo modo que do desespero se tiraria o grito? Hoje me sinto muda.

7 comentários:

  1. Júlia, Júlia, Júlia,

    Padeço desse medo essencial. Medo da mudez. Todo dia reviro minhas tripas para não deixar que as palavras sequem.

    Na realidade (compreendi depois de muita luta), as palavras são como a maré. Ora cheia, ora vazante.

    Se formos espertos atracamos nossos navios em lugar onde não encalhem na maré baixa.

    Mas não se assuste. Não é silêncio definitivo, é interregno.

    Força na peruca.

    Super beijo.

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  2. Filha, nunca, nada em vc secara. Concordo plenamente com o Agnaldo: nao e definitivo, e interregno.
    De qualquer forma, o texto e sempre bom.
    Te amo. beijo

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  3. Ralaxa querida as palavras voltam, acredite nos mais velhos ;).
    Talvez você precise se sentir em casa novamente, ou talvez você não precise de absolutamente nada e o blog antigamente supria essa ausencia. Ou talvez eu não esteja falando nada que faça sentido (hipótese mais provável).

    Gostei do layout novo, de qualquer forma.

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  4. Hoje, também não vou escrever nada. Inspiração zero, acho que tirou férias.

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  5. A fonte não seca, a inspiração não acaba. Tudo é passageiro, inclusive o silêncio. O tempo também sofre com o tédio. As coisas acontecerão no momento certo. Se não acontece é porque não é o momento. Ou é o momento, mas para não acontecer. O que é oculto é apenas o propósito de tudo isso.

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  6. Dê um tempo pra isso,depois volta ao normal,perdoe pela piada infame,mas acho que lhe vale:
    "tudo na vida passa,até uva-passa"
    enfim,bela.
    abraço !

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