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sábado, 15 de setembro de 2012

Epidemia

Começa devagar, é quase imperceptível. Eles talvez nasçam por geração espontânea, ou talvez a gente já nasça com os ovos incubados. Não sei se todos tem esse tipo de ser, mas a maioria de nós ja nascemos com eles.

Se proliferam sorrateiros, e quando nos damos por conta, é irreversível. Eles são tipos de vermes, que se alimentam de suposições. Eles crescem pouco a pouco, assim como os mamíferos, não existe troca de quitina, eles vão crescendo e chegam ao ápice de suas vidas gordos. Cheios de idéias e suposições digeridas.

Se rastejam pelo nosso cérebro, contaminando todos os prospecto de felicidade. Desencubam quando lhes convêm. Normalmente em época de dúvidas e inseguranças. Não ajudam, só atrapalham. Causam problemas de saúde e não têm cura. É viral.

Esses pequenos bichos vivem nas entranhas, nos meandro dos nossos pensamentos, tem hábitos noturnos, normalmente nos horários antes de dormir. Os sintomas são dúvida, insegurança, e paranóia. Em alguns casos levam o contaminado a chorar aparentemente sem razão, em casos mais sérios, resultam em palavras sem sentido que podem ser expressadas através de mensagens de texto, telefonemas, emails e já existiu casos de pacientes que se manifestaram através de redes sociais. Provocam indiretas descomunais.

Como sabemos se eles vão agir? Alguns hábitos podem indicar o desenvolvimento desses vírus, como por exemplo ouvir música lenta com temática romântica, com letras de decepção amorosa, ou frustrações com a vida. O silencio do possível infectado também é um indicativo. Outra forma de sintoma é a redundância de um mesmo assunto, ou o destrinchar de momentos vivenciados, que na realidade não significam nada demais. Essa análise repetitiva de um mesmo evento é um estágio mais sério, precisando assim buscar ajuda médica. Esse auxílio médico pode ser substítuido por um pote de dois litros de sorvete de flocos ou uma barra de chocolate.

Fique atento, esse vírus pode infectar qualquer um e a forma de contaminação ainda é desconhecida. Caso tenha se identificado com qualquer uma das descrições acima, procure um ombro amigo que tenha paciencia para te escutar. O melhor a fazer quando infectado é esperar o sintoma passar. Alguns pacientes mantém esse vírus por meses, outros só por uma noite.

Lembre-se, a primeira medida para superar a crise é procurar um amigo.

Observações: Álcool pode ajudar, contanto que não em excesso. O excesso pode provocar uma ressaca física e moral.

2 comentários:

  1. Sensacional! E conheço casos de anos...

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  2. Sempre sensacional a tua forma de escrever!
    Quem é que, por um acaso, nunca teve essa maldita doença? rs

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